segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Vamos viver a existência mais alegre e positiva do mundo"

 

MENSAGEM DA Sra. KANEKO IKEDA PARA 2012

Neste novo ano, desejo transmitir meu mais profundo respeito e admiração a todas vocês, dedicadas integrantes da Divisão Feminina e da Divisão Feminina de Jovens que se empenham com valentia no mundo inteiro em prol do Kossen-rufu.

Também oro com toda sinceridade, junto com meu marido, para que vocês recebam cada vez mais benefícios decorrentes da prática budista, para que conquistem um estado de vida transbordante de grandiosa felicidade e apresentem tantos amigos quanto possível ao maravilhoso mundo da SGI, um mundo cheio de esperança.

Com 2012 tendo recebido a designação de Ano da Expansão da SGI de Força Jovem, recordo-me das palavras que Nitiren Daishonin dirigiu a Nitiguen-nyo, esposa de Shijo Kingo: “A senhora ficará mais jovem e sua boa sorte será acumulada” (The Writings of Nichiren Daishonin, v. 1 [WND], p. 464).

Não consigo imaginar um modo de viver mais pleno e digno de valor do que o de empenhar-se com vigor juvenil dia após dia, ano após ano, no ritmo da Lei Mística, e acumulando os tesouros do coração com as pessoas que cuidarão do futuro do Kossen-rufu.

Sinto-me profundamente agra­decida pelo fato de, graças ao Daimoku de todos, meu marido continuar na liderança do Kossen-rufu desfrutando boa saúde e com um coração cada vez mais jovem. Ele está com 84 anos, mas disse que, tendo iniciado a contagem novamente quando completou seu 60º aniversário¹, agora está outra vez com 24.

Há 60 anos, em fevereiro de 1952, quando estava com 24 anos, meu marido liderou um significativo e inédito avanço nos esforços de propagação da Soka Gakkai e criou um procedimento modelo com o objetivo de concretizar o Kossen-rufu de nosso mestre, Jossei Toda.

Eu também participei desse histórico movimento de Chakubuku — conhecido atualmente como a Campanha de Fevereiro do Distrito Kamata — como integrante da Divisão Feminina de Jovens, junto com minha mãe, na época responsável pela Divisão Feminina do distrito.

Meu marido convocou os membros de Kamata, dizendo: “Devemos o que somos hoje à orientação do presidente Toda. A única forma de demonstrarmos nossa gratidão por ele é nos empenhando para propagar o Kossen-rufu. Vamos fazer tudo o que pudermos para celebrar o mês do nascimento do presidente Toda com memorável conquista!”

“Retribuir à gratidão ao mestre!” Esse espírito ardia em nosso coração e alastrou-se ardentemente por todo o distrito que se uniu e se organizou. Cada um expressava livremente uma nova energia com alegria e coragem ainda inexploradas.

Meu marido apresentou três diretrizes para nossa campanha:


1 – Começar sempre com a recitação de Daimoku.

2 – Prezar e respeitar as pessoas que estão perto de vocês, incluindo os vizinhos.

3 – Compartilhar suas experiências da prática da fé com forte convicção.


E tomou a iniciativa para ele próprio ser o primeiro a colocá-las em prática na organização de base. Ele se colocou na frente da batalha.

Vigorosamente fortalecidos, nós, do Distrito Kamata, conseguimos conquistar um resultado recorde de Chakubuku mensal, com 201 novas famílias. Esse fato aconteceu numa época em que os maiores distritos no Japão estavam avançando no ritmo de aproximadamente cem novas famílias por mês.

O Sr. Toda ficou muito contente. Nosso sucesso também inspirou os membros do país inteiro, os quais perceberam que poderiam alcançar resultados semelhantes se tentassem.

Em A Essência Real de todos os Fenômenos, Daishonin escreveu: “Sem prática e estudo não pode haver budismo. O senhor deve não somente perseverar sozinho, mas deve também ensinar aos outros. Tanto a prática como o estudo surgem da fé. Ensine aos outros [conversando com as pessoas sobre o budismo] com o melhor de sua capacidade, mesmo que seja empregando apenas uma única sentença ou frase” (WND-1, p. 386).

Exatamente conforme esse trecho dos Escritos, atualmente, os membros da SGI no mundo inteiro, com os jovens, herdaram o espírito da Campanha de Fevereiro e criaram dinâmicas ondas de diálogo.

Ao ouvir o relatório diário de atividades dos jovens, meu marido sente imensa alegria. Ele sempre diz, todo feliz: “Começou a nova era. Que formidável desenvolvimento conquistamos!”

Ele incentivou recentemente um jovem recém-convertido com as seguintes palavras: “Esta é uma maravilhosa prática budista, por isso, por favor, pratique com total convicção e tranquilidade. Demonstre gratidão aos seus pais e torne-se o tipo de pessoa da qual eles sintam orgulho.”

O primeiro curso de estudo da Divisão dos Jovens da Soka Gakkai foi realizado em fevereiro de 1952, durante a Campanha de Fevereiro, com a presença do presidente Toda.

O tema central daquela atividade de estudo foi ciência e religião. Recordo-me com carinho de ter realizado uma vasta pesquisa para esse curso e tê-la apresentado nesse dia. Embora minha apresentação tenha sido simples, o presidente Toda sorriu para mim e disse: “A crescente força das integrantes da Divisão Feminina de Jovens embasadas no estudo do budismo é a flor da esperança para o Kossen-rufu.” Foi nessa mesma atividade de estudo que o presidente Toda declarou pela primeira vez seu ideal de cidadania global. Ele também disse nessa reunião as seguintes palavras: “Transmitirei a terceira presidência a um integrante da Divisão dos Jovens. (...) Se todos apoiarem o terceiro presidente, o Kossen-rufu será com toda certeza alcançado.”

Passaram-se desde então seis décadas. E, assim como o presidente Toda prenunciou, nosso movimento em prol do Kossen-rufu — nossa rede da SGI em prol da paz, da cultura e da educação, a qual exemplifica seu ideal de cidadania global — estendeu-se por 192 países e territórios.

Estou convicta de que, enquanto nos basearmos no espírito incorporado pelos três primeiros presidentes da Soka Gakkai, a estrada para o Kossen-rufu mundial irá se desdobrar ilimitadamente, não importando que obstáculos encontrarmos no caminho.

A reitora Chinara A. Shakeeva, da Academia de Educação Russo-Quirguiz, que visitou o Japão no ano passado (em março de 2011), é uma respeitada educadora que louva o caminho Soka de mestre e discípulo.

A Dra. Shakeeva cresceu numa vila agrícola. A mãe dela ensinou-a a ser uma pessoa independente e possuidora de firmes convicções que valorizasse as qualidades humanas. Ela também encorajou a filha a ter a ousadia de conquistar coisas grandiosas, com firmeza e paciência, dando um passo de cada vez.

A Dra. Shakeeva sente imenso orgulho de sua mãe que, mesmo em épocas de dificuldades, empenhava-se para contribuir de forma positiva para a sociedade. Ela comentou que se fosse escrever um livro sobre a vida de sua mãe seria um épico heroico.

Soube que quando a Dra. Shakeeva visitou o Centro Internacional Soka das Mulheres, em Tóquio, e viu uma exposição sobre o espírito de mestre e discípulo na Gakkai, ela comentou, muito comovida, que quanto maiores as dificuldades que as pessoas conseguem vencer, mais radiante se torna sua vida. Estou plenamente de acordo.

Que coragem e força incríveis as pessoas que foram afetadas pelo terremoto e pelo tsunami ocorridos em março demonstraram diante de provações inima ginavelmente dolorosas! Muitos de nossos membros que moram nas áreas arrasadas pelo desastre não se deixaram influenciar pelas enormes perdas que tiveram e pelas dificuldades pessoais para ajudar outras pessoas e dar assistência à comunidade durante aquele período de dificuldade, conquistando assim ampla confiança e respeito.

A um admirável casal, meu marido enviou esta mensagem: “Por favor, continuem seguindo sempre em frente no caminho em que se encontram agora que chegará o momento em que conseguirão transformar o veneno em remédio. Quando todas as preocupações de hoje tiverem ficado para trás, vamos dar juntos um brado de vitória — um brado de vitória por sua família.”

Meu marido continua a escrever o romance Nova Revolução Humana dia após dia, sem pausa. Com isso, sinto a determinação dele de deixar um tributo monumental à vida vitoriosa de nossos membros, os nobres porém não aclamados defensores da humanidade — às mulheres Soka, às mães do Kossen-rufu.

Para encerrar, gostaria de compartilhar algumas palavras de meu marido. No mês de julho do ano passado, numa mensagem às integrantes da Divisão Feminina de Jovens que continuam a se empenhar com serena dedicação, ele escreveu:


“Minhas amigas, levantem-se hoje novamente! Avancem hoje outra vez com toda alegria! Triunfem totalmente nesta vida mais nobre, E enfeitem-na com abundante felicidade! Oro para que todas tenham uma vida feliz.”

E, em fevereiro de 2011, quando estava numa reunião com um pequeno grupo de representantes da Divisão Feminina no Centro Internacional Soka das Mulheres, meu marido telefonou-me para transmitir uma mensagem, que repeti diretamente às pessoas presentes:

“Por favor, tornem-se felizes sem exceção. Por favor, façam com que cada dia de sua vida seja agradável e significativo. Lembrem-se de que os praticantes do Sutra de Lótus devem ter a força para transformar até mesmo os mais dolorosos sofrimentos em alegria. Três vivas à Divisão Feminina! Que sua vida seja sempre feliz e vitoriosa.”

É exatamente com esse mesmo sentimento que estou orando pela felicidade das integrantes da Divisão Feminina e da Divisão Feminina de Jovens do mundo inteiro.

Vamos viver a existência mais alegre e positiva do mundo, avançando juntas com bela harmonia e companheirismo que não são encontrados em nenhum outro lugar.

Meus melhores votos para que vocês tenham saúde e para que seus familiares sejam felizes.

Por favor, cuidem-se bem.

Kaneko Ikeda

Coordenadora Honorária da Divisão das Mulheres da SGI

¹. No Japão, o 60° aniversário é considerado como uma data especial e é chamado de kanreki (retorno ao ano do nascimento). Com base no antigo calendário lunar chinês, o final de um ciclo de sessenta anos — consistindo de cinco ciclos de doze anos no zodíaco chinês — marca um novo nascimento ou começo.

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